COMUNIDADE DOS SONHOS

COMUNIDADE DOS SONHOS
Uma reescrita atualizada do Livro Os Sonhos da Favela

A Lagarta e a Borboleta

A Lagarta e a Borboleta

SEJAM BEM-VINDOS!

Este é um blog educativo. Minha intenção é postar meus projetos de literatura infantil, em verso e prosa, para ajudar pais e professores na educação de nossas crianças.



Todos os textos aqui publicados são de minha autoria e estão devidamente registrados no EDA da Biblioteca Nacional.



RESPEITEM OS DIREITOS AUTORAIS!



Possuo três livros publicados: o primeiro com o Patrocínio da Prefeitura de Juiz de Fora, intitulado "Os Sonhos da Favela",
é um paradidático pré-adolescente que aborda temas como violência, drogas, gravidez adolescente, oportunidades e decisões. o segundo pela Editora Uirapuru, intitulado "As cores do Meu Brasil" é um livro infantil que conta a história da diversidade do nosso Brasil dando ênfase à cultura Afro-brasileira, e A Lagarta e a Borboleta, que é o poema mais lido do blog.

Saudações literárias.


Vera Ribeiro Guedes.





OS SONHOS DA FAVELA

OS SONHOS DA FAVELA
TRABALHO REALIZADO PELOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA - JUIZ DE FORA - MG

AS CORES DO MEU BRASIL

AS CORES DO MEU BRASIL
Livro infantil de cultura afro-brasileira

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ANINHA MIMADINHA


ANINHA, MINHA VIZINHA,
É CHEIA DE VONTADE.
SUA MÃE É BOAZINHA.
E LHE DÁ MUITA LIBERDADE.

MAS, ANINHA NÃO APRENDEU,
A TER EDUCAÇÃO
E, PARA TODO MUNDO,
ELA FAZ MALCRIAÇÃO.

PUXA O CABELO DA PRIMA,
E TAMBÉM COSPE NO CHÃO,
RISCA A PAREDE COM TINTA,
NO IRMÃO, DÁ BELISCÃO.

ANINHA NÃO SEJA MALVADA!
PAPAI DO CÉU VAI BRIGAR.
ANINHA NÃO SEJA LEVADA!
DIZ A SUA BABÁ.

MAS DE NADA ADIANTA,
PODEM FALAR À VONTADE,
E, ANINHA NEM SE DÁ CONTA,
QUE NÃO TEM MAIS AMIZADE.

A ANINHA, MINHA VIZINHA,
É MIMADINHA E CHATINHA!
DIZEM SUAS COLEGUINHAS,
E DÃO UMA RISADINHA.

NINGUÉM QUER BRINCAR COM ELA,
ANINHA FICOU SOZINHA,
ATÉ A SUA BONECA,
FOI PARA A CASA DA VIZINHA.

E ANINHA FICOU TRISTE...
SEM NINGUÉM PARA BRINCAR,
ATÉ QUE UM DIA DESTES,
CONHECEU A GUIOMAR.

ERA UMA LINDA SENHORA,
MUITO CHEIA DE ATENÇÃO.
DISSE: - ANINHA NÃO CHORA!
E APRENDA ESSA LIÇÃO...

CRIANÇA BEM EDUCADA,
NÃO PODE SER MALVADA,
MESMO QUE SEJA LEVADA,
DEVE O ADULTO RESPEITAR,
E TAMBÉM AOS SEUS COLEGAS,
PARA SOZINHA NÃO FICAR...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ATEIMOSIA DE MARCELINHO

MARCELINHO ERA LEVADO,
À SUA MÃE NÃO OBEDECIA.
PEDIA PARA NÃO CORRER,
E MAIS E MAIS ELE CORRIA.

CORRIA BRINCANDO DE PIQUE,
CORRIA DOS ANIMAIS,
CORRIA ATRÁS DOS AMIGOS,
ATÉ NÃO PODER MAIS.

UM DIA LEVOU UM TOMBO,
NA BEIRA DE UM BARRANCO,
QUEBROU O BRAÇO E A PERNA,
POR POUCO NÃO FICOU MANCO.

COITADO DO MARCELINHO!
SOZINHO EM SUA CAMA,
CHORAVA DE DOR E GEMIA,
ENQUANTO A CHUVA CAIA,
E ENCHIA A RUA DE LAMA.

OS AMIGOS O VISITARAM,
TROUXERAM BALA E BRINQUEDO.
COM PENA LHE PERGUNTARAM:
ESTÁ DOENDO O SEU DEDO?

MARCELINHO ATÉ QUE GOSTOU,
DA ATENÇÃO QUE TIVERA,
MAS, DEPOIS ELE CHOROU,
POIS OS AMIGOS FORAM EMBORA.
E AGORA?

NA CAMA ELE FICOU,
SEM PODER BRINCAR.
POR QUE FUI ME MACHUCAR?
MAMÃE BEM QUE AVISOU!

UM MÊS FICOU ENGESSADO,
PORÉM, APRENDEU UM BOCADO.
QUE À MÃE, AO PAI E À FAMÍLIA,
DEVE SEMPRE OBEDECER.
POIS SÓ QUEREM O SEU BEM,
E VÊ-LO SAUDÁVEL CRESCER.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A LIÇÃO DE DONA ARVORADA

DONA ARVORADA ESTÁ CHORANDO.
QUAL SERÁ O MOTIVO?
VI DOIS HOMENS ARRANCANDO,
O PINHEIRO, SEU AMIGO.

FUI FALAR COM DONA ARVORADA,
E ELA RESPONDEU ZANGADA.
ESTOU MUTO CHATEADA,
COM O BICHO CHAMADO HOMEM.

QUE DESTRÓI A NATUREZA,
PARA CONSEGUIR RIQUEZA.
PARECENDO NÃO SABER,
QUE PRECISA DELA PARA VIVER.

E EU DISSE A DONA ARVORADA,
SOU CRIANÇA E NADA ENTENDO.
PORQUE O HOMEM ACABA,
COM O MUNDO EM QUE VIVEMOS?

NÃO SEI CRIANÇA AMIGA,
TALVEZ SEJA A GANÂNCIA,
QUE VOCÊ NÃO ABRIGA,
EM SEU CORAÇÃO DE CRIANÇA.

MAS, APRENDA PARA NÃO ERRAR,
PORQUE VOCÊ JÁ VAI CRESCER,
NÃO SE DEVE ARRANCAR
ÁRVORES SEM PLANTAR,
POIS, SE A FLORESTA ACABAR,
O MUNDO VAI ADOECER.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A FORMIGA BARRIGUDA



CERTO DIA, AO MEIO DIA,
D. FORMIGA, QUE ERA ESGANADA,
FICOU COM UMA FOME DANADA.

D. FORMIGA! VÊ SE TE MANCA!
ESSA FOLHA É MUITO GRANDE
PARA O SEU TAMANHO.

CARREGÁ-LA NAS COSTAS É IMPOSSÍVEL,
MAS, D. FORMIGA QUE NÃO SE CANSA,
CORRE AO ENCONTRO DA TURMA.

UMA, DUAS, TRÊS.
TODAS DE UMA SÓ VEZ.
LEVARAM A IMENSA FOLHA PARA O FORMIGUEIRO
E FIZERAM UMA FESTA.

NO DIA SEGUINTE,
MUITO BARRIGUDA,
D. FORMIGA ACORDOU.

SE OLHOU NO ESPELHO,
VAIDOSA COMO ERA,
LEVOU UM BAITA SUSTO;
QUE BARRIGA ERA AQUELA?

TOMOU LOGO UM PURGANTE,
QUE HORROR!!!
MAS NUM INSTANTE,
VOLTOU A FICAR ELEGANTE.

E APRENDEU...

QUE A UNIÃO TUDO CONSEGUE,
ENTRETANTO, NÃO SE DEVE,
SER ESGANADA DEMAIS.

E, EM FESTA NO FORMIGUEIRO
NUNCA COMER COM EXAGERO,
SENÃO... ACABA PASSANDO MAL.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A FOFOCA DA CARLOTA

HOJE É DIA DE CIRCO.
PALHAÇO PIMPÃO ESTÁ SE ARRUMANDO,
A CRIANÇADA CHEGANDO,
PARA VER O PALHAÇO SORRIR.

MAS PIMPÃO ESTÁ TRISTE,
NÃO ACHA GRAÇA EM NADA,
E EM MEIO DA CRIANÇADA,
TEM QUE FAZER PALHAÇADA.

DONA CARLOTA, QUE GOSTA DE FOFOCA,
VIU A LÁGRIMA DE PIMPÃO.
CONTOU PARA TODO MUNDO
E ARRUMOU A CONFUSÃO.

O PALHAÇO NÃO PODE CHORAR,
DISSE DONA CARLOTA.
DEVE A CRIANÇA ALEGRAR
E CONTAR MUITA ANEDOTA.

E PIMPÃO FICOU MAIS TRISTE,
POIS PALHAÇO TEM SENTIMENTO,
E CARLOTA AINDA INSISTE
EM AUMENTAR SEU SOFRIMENTO.

NÃO SABE QUE A ALEGRIA
DO PALHAÇO ACABOU,
PORQUE NAQUELE DIA O CIRCO ELE DEIXOU.

ESTAVA VELHO E CANSADO
PARA O CIRCO ACOMPANHAR
E MUITO CHATEADO,
TEVE QUE SE APOSENTAR.

E A FOFOCA DA CARLOTA
CORTOU-LHE O CORAÇÃO.
MAS A CRIANÇADA EM SUA VOLTA,
ALEGROU O PALHAÇO PIMPÃO.

QUE VOLTOU A FAZER PALHAÇDA,
NAQUELE MESMO LUGAR.
E TODO DIA A CRIANÇADA
VINHA COM ELE CANTAR:

CARLOTA NÃO FAZ FOFOCA,
SENÃO VAI LAMBER SABÃO.
SEM OUVIR AS ANEDOTAS,
DO PALHAÇO PIMPÃO.

VERA RIBEIRO GUEDES

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

UMA TRISTE HISTÓRIA... A Droga é uma Droga!

CONHECI UM MENINO FELIZ!
CRESCEU SORRINDO AO MEU LADO.
BRINCAVA, CORRIA, SALTAVA.
MAS, UM DIA...
POR ALGUÉM FOI CONVIDADO,
A FUMAR UM BASEADO,
- “QUE NÃO FAZ MAL A NINGUÉM”
SÓ TRAZ UMA FALSA ALEGRIA,
QUE ELE NÃO CONHECIA;
MAS O QUE O COITADO NÃO SABIA,
E NINGUÉM TINHA EXPLICADO,
É QUE A TAL ALEGRIA,
DO PRIMEIRO BASEADO,
ERA APENAS UMA MENTIRA,
QUE NÃO TINHA VOLTA,
DE SAÍDA, NÃO TINHA PORTA.

E, EU VI AQUELE MENINO,
QUE ERA TÃO FELIZ,
NO ABISMO CAINDO,
E SEM NINGUÉM PARA LHE AJUDAR;
POIS, OS AMIGOS SE AFASTARAM,
E ELE SÓ SABIA BRIGAR.

ONDE ESTAVA A ALEGRIA?
E A TAL FELICIDADE?
DA ESCOLA SE DESPEDIA,
E EMPREGO NÃO CONSEGUIA.

FOI CRESCENDO MUITO DOENTE,
JÁ NÃO SABIA O QUE FAZIA,
SEUS PAIS FICARAM TRISTES,
E O LEVARAM PARA O HOSPITAL,
MAS, ERA MUITO TARDE,
NÃO CONSEGUIRAM CONTER O MAL.


A DROGA, SEU CÉREBRO DESTRUÍRA,
JÁ NÃO PENSAVA,
COM SEUS PRÓPRIOS PENSAMENTOS.
E VIVIA UM TORMENTO,
JÁ NÃO MAIS SE LIBERTAVA.

FOI MORRENDO AOS POUCOS...
E NO DIA DO SEU ENTERRO,
NÃO TINHA UM ÚNICO AMIGO,
A VELAR O SEU CORPO.
SÓ A FAMÍLIA ESTAVA AO SEU LADO.
POIS, O AMIGO QUE LHE DEU
O PRIMEIRO BASEADO,
TAMBÉM JÁ ESTAVA MORTO.


VERA RIBEIRO GUEDES

Esta poesia é parte integrante do livro "Os Sonhos da Favela", publicado em 2008, com o patrocínio da Lei Murilo Mendes - FUNALFA - JF, de minha autoria e ilustrações de Marcelo Manhães.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O LEÃO DESDENTADO

É DIA DE FESTA NA FLORESTA,
TODOS ESTAVAM CONTENTES.
O MACACO, O LEOPARDO,
ATÉ O LEÃO SEM DENTES.

MAS QUE PROBLEMA...
O LEÃO NÃO PODE COMER
BOLOS, DOCES, GULOSEIMAS,
FAZEM SEU ÚNICO DENTE DOER.

NÃO ADIANTA RECLAMAR,
E NEM CHORAR AGORA,
MANDEI OS DENTES ESCOVAR
E ELE NEM EM DEU BOLA.

DISSE DONA LEOA,
ZANGADA COM SEU LEÃO
MAS COMO É MUITO BOA,
ARRUMOU A SOLUÇÃO.

UMA DENTADURA COMPROU,
E O LEÃO A SORRIR VOLTOU.
FOI A FESTA DA FLORESTA,
MAS COMER NÃO AGUENTOU.

POIS O ÚNICO DENTE QUE TINHA,
COMEÇOU LOGO A DOER.
FOI CORRENDO AO DENTISTA,
PARA TARDE DEMAIS APRENDER.

QUE NO ALMOÇO E NO JANTAR
DEVE OS DENTES ESCOVAR.
PARA NÃO TER QUE ARRANCAR
E DESDENTADO FICAR.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

VAMOS CONTAR ATÉ DEZ!



UM GAROTO DEIXOU CAIR,
DOIS PEDAÇOS DE QUEIJO,
TRÊS CAMUNDONGOS A SORRIR,
QUERIAM LHE DAR QUATRO BEIJOS.

MAS O GAROTO COM MEDO,
CHAMOU SEUS CINCO AMIGOS,
JOCA, CAJU, MOLEJO,
CACAU E O GATO BANDIDO.

COITADOS DOS CAMUNDONGOS...
NÃO PUDERAM NEM SE EXPLICAR.
E CORRERAM, FEITO LOUCOS,
SEIS VOLTAS NO MESMO LUGAR.

MAS SETE CACHORROS VALENTES,
VIERAM EM SEU SOCORRO.
AOS GATOS, MOSTRARAM OS DENTES,
E ELES GRITARAM EM CORO.

MIAU! MIAU! MIAU!
ESTAMOS PASSANDO MAL!
OITO VEZES GRITARAM,
LOGO DEPOIS DESMAIARAM
E FORAM PARA O HOSPITAL.

E OS CAMUNDONGOS FELIZES,
PUDERAM SE EXPLICAR.
O GAROTO ENTENDEU
E VEIO SE DESCULPAR.

DEU NOVE PEDAÇOS DE QUEIJO,
TRÊS PARA CADA UM.
E ELES AUMENTARAM OS BEIJOS,
PARA DEZ, DE UM EM UM.

UM, DOIS, TRÊS, QUATRO, CINCO, SEIS, SETE, OITO, NOVE, DEZ.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ALFABETIZANDO COM POESIA

TICO TICO, TECO TECO
Vem o trem da alegria,
Ensinar o ALFABETO.
a é uma bolinha,
que tem uma só perninha,
estou com pena da letrinha,
será que é manca a coitadinha?
b se acha bonito,
belo e bonachão,
não sabe que é esquisito,
pois, tem um barrigão.
c é uma curvinha,
casa se escreve com ela,
de paredes coloridas,
com portas e janelas.
d cortou o dedo,
doeu e ele chorou;
mamãe fez curativo,
deu beijinho e passou.
e elefante escreve.
de tromba bem comprida;
é um bicho muito grande,
mas, é amigo da formiga.
f foi à feira,
de frutas ele gosta;
com figo e framboesa,
fez uma linda torta.
g escreve guerra,
é uma letra muito estranha;
Pois, gostar também é dela,
como faz guerra, se ama?
h marca hora para tudo;
da escola, do almoço e do jantar.
A melhor hora do dia,
é a hora de brincar.
i foi à igreja,
e, começou a chover;
levou um pingo na cabeça,
não adiantou correr.
j estava com fome,
esperando o seu jantar,
correu para a janela,
para ver sua mãe chegar.
k kiwi verdinho,
de polpa deliciosa,
além de muito saudável,
é uma fruta bem gostosa.
l é rei na selva,
na floresta, ele é o bom;
o que é que se escreve com ela?
É a letra do leão.
m tem três perninhas;
para escrever, dá três voltinhas;
parece uma minhoquinha,
toda encolhidinha.
n é a letra do não,
que às vezes a mamãe diz;
por que você faz malcriação,
e ela não fica feliz.
o é tão redondinho,
parece um ovinho;
se quebrarmos ele ao meio,
será que nasce um pintinho?
p mantém a ordem,
ele é policial;
prender o ladrão ele pode,
e nos defender do mal.
q gosta muito de queijo,
queria comer sem parar;
quase caiu o queixo,
de tanto mastigar.
r andava na rua,
muito distraído,
quando viu um enorme rato,
se assustou e deu um grito.
s é muito sabido,
de saúde ele entende,
por isso come salada,
para não ficar doente.
t trouxe um tatu,
para a turma conhecer,
fez um grande tumulto,
todos queriam ver.
u é letra útil,
união assim começa;
unidos temos a força,
e não precisamos ter pressa.
v é a letra da verdade;
mentira não é legal.
É também da vaidade,
que às vezes faz muito mal.
w não sai do whatsapp,
conversando com seus amigos,
sua mãe ficou muito brava,
e o deixou de castigo.
x ficou doente,
tomou xarope na xícara;
estava com dor de dente,
e também dor de barriga.
y gosta do youtube
tem seus vídeos preferidos;
mas, na hora da leitura,
prefere um bom livro.
z é de nota zero,
que ninguém quer tirar,
mas, para ser o primeiro,
vai ter que estudar.


TICO, TICO, TECO, TECO
Passou o trem da alegria,
Ensinando o ALFABETO.

VERA RIBEIRO GUEDES

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A LAGARTA E A BORBOLETA - METAMORFOSE


Era uma vez...

Uma lagarta envergonhada,
Que pelo chão se rastejava,
E todo mundo debochava:



Que lagarta desengonçada,
Feia e maltratada!
Ninguém dela gostava,
Às pessoas, ela assustava.

Pobre Dona Lagarta...
Muito triste ficou,
E sentindo-se desprezada,
Em um casulo se fechou.


E assim...
Passaram-se os dias,
Ninguém sua falta sentia,
Até que em belo cenário,
Enquanto o sol, a vida aquecia,
E a rosa, o jardim floria,
Em um galho pendurado,
O casulo se abria.

E uma linda borboleta,
De asas bem coloridas,
O casulo deixou,
Alegrando nossa vida.


E todos viram o milagre,
Que a natureza preparou,
A feia e envergonhada lagarta,
Na borboleta se transformou.
Já não era desengonçada,
Mas, linda e cheia de graça,
E a todos superou.



Pois não mais se rastejava,
Pelo contrário, voava,
O céu, enfim, conquistou.



VERA RIBEIRO GUEDES


Fotos do trabalho realizado com as crianças da CEI - Vargem Grande no extremo sul de São Paulo.